Começaram na terça-feira (11) os sobrevoos para estimar a abundância de toninhas pontoporia blaivillei no Litoral Sul do Rio Grande do Sul. O Projeto Toninhas, da Universidade da Região de Joinville (Univille), patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental, iniciou uma série de sobrevoos em conjunto com a FURG e outras instituições de ensino e pesquisa do país (Laboratório de Ecologia e Conservação de Mamíferos Marinhos (Ecommar)-Uesc, de Ilhéus/BA; Universidade Federal de Juiz de Fora/MG; Laboratório de Zoologia da Udesc, de Laguna/SC; Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos - Ceclimar/UFRGS, de Imbé/RS; Instituto Aqualie) para avaliar a ocorrência, distribuição estimar a abundância de toninhas existentes no sul do Brasil entre Florianópolis/SC e o Chuí/RS. Na região sul, o projeto conta com o apoio do Laboratório de Ecologia e Conservação de Megafauna Marinha (Ecomega), do Instituto de Oceanografia da FURG.

O trabalho é feito utilizando um avião bimotor Aerocommander 500-B com quatro observadores independentes e dois pilotos a bordo. A aeronave percorre linhas transversais à costa a uma altura de 500 pés e velocidade de 170-190 km/h, até a profundidade de 50 metros para a contagem dos animais. A última estimativa de abundância de toninhas nesta região foi realizada há cerca de 10 anos.

Estimativas recentes de mortalidade mostram que centenas até mil animais são mortos anualmente em operações de pesca na região. Por isso, existe uma grande preocupação em saber a situação, assim como abundancia atual da espécie. Até o momento a equipe já registrou, além de alguns de grupos de toninhas, pinípedes, um grupo com cerca de 300 botos, baleias, tartarugas, raias e tubarão-baleia.

O trabalho na região sul do RS se estenderá até o dia 24 de março, dependendo de boas condições ambientais e mares calmos. Uma equipe organizada pelo Ecomega estará auxiliando na segurança através do acompanhamento por terra do percurso da aeronave ao longo da costa.