Nos dias 29 e 30 de abril, o ICMBio realizará consulta pública para discutir a criação do Parque Nacional do Albardão; o aviso foi publicado no Diário Oficial da União no dia 11 deste mês. As reuniões acontecerão às 14h, sendo a primeira no Cidec-sul – localizado no campus Carreiros - e a segunda no auditório LaTur, localizado no campus da FURG em Santa Vitória do Palmar. As informações técnicas sobre as propostas estão disponíveis na página do Instituto Chico Mendes - www.icmbio.gov.br.

Notícias Relacionadas

Novo Boletim traz detalhamentos de zonas de risco em um mapa de impacto

Boletim desta segunda, 6, apresenta exercícios de impacto do aumento no nível do estuário

Divulgado terceiro boletim de acompanhamento do Evento Extremo que atinge o Estado

Segundo o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Eduardo Secchi, a participação da FURG na criação do Parque se deu, fundamentalmente, por meio do subsídio científico que embasou a proposta, composto por diversas dissertações, teses, trabalhos de conclusão de curso (TCCs) e artigos publicados em revistas científicas a respeito da importância da área para a conservação de vários componentes da biodiversidade do sul do Estado. “As políticas públicas embasadas na evidência científica têm mais chances de serem eficientes. Essa era uma prerrogativa ao grupo que liderava a elaboração da proposta, capitaneada pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental - NEMA e colaboradores”, completou o professor.

Ainda de acordo com Secchi, o papel da universidade é gerar melhor evidência científica e subsidiar políticas públicas, e foi justamente no apoio técnico científico que a FURG participou do projeto.

O que é a área do Albardão?

Compreendido por uma faixa marinha e costeira entre o município do Rio Grande e do Chuí; a área de 1,6 milhões de hectares é o lar de diversas espécies marinhas, incluindo algumas ameaçadas pela possível extinção. O território recebe o nome do farol ‘Albardão’, estrutura de 44 metros que existe desde 1909, quando foi implementado com a finalidade de guiar navegantes que chegavam pela costa sul do país.

De acordo com o projeto, o primeiro esforço para a definição de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade brasileira foi realizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) entre 1997 e 2000. Nos anos de 2003 e 2004 foram apresentados os mapas das "Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira", no qual a região do Albardão foi categorizada como “de extrema importância para a biodiversidade”, indicando a necessidade de criar uma unidade de conservação nessa área.