GEALI

Grupo de Estudos em Alfabetização e Letramento da FURG participa de publicação sobre ensino no contexto da pandemia de covid-19

Estudo mostra esforço de professores para manter aulas no ensino remoto

A FURG, em conjunto com universidades de todo país, participa de um estudo sobre os impactos da pandemia da covid-19 no ensino, levando em conta a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental. A obra “Retratos da Alfabetização na Pandemia da Covid-19: Resultados de uma Pesquisa em Rede”, retrata a primeira fase da pesquisa e foi construída através de um esforço conjunto durante os anos de 2020 e 2021, por 117 pesquisadores.

Nesta publicação, a FURG esteve representada pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, por meio da participação da professora Gabriela Nogueira e pelo Grupo de Estudos em Alfabetização e Letramento (Geali) com a participação das professoras Silvana Maria Bellé Zasso, Caroline Braga Michel (Campus Santo Antônio da Patrulha) e Janaína Martins Lapuente (Campus São Lourenço do Sul) integrando o coletivo Alfabetização em Rede – constituído por 29 universidades.

O trabalho inicial foi realizado por meio de questionários, direcionados a professores e gestores. Ao todo, a publicação traz dados de 14.735 professoras de 18 estados em todas as regiões do país. A parte qualitativa da pesquisa foi realizada por meio de grupos focais, com a participação de docentes de 11 estados brasileiros.

Com a investigação dos grupos focais, foi possível compreender mais a fundo a realidade do ensino fundamental remoto emergencial. Como resultado das pesquisas, foi construído um mapeamento da realidade da alfabetização no ensino remoto no Estado do RS, onde está referida a publicação.

O e-book traz ao longo das quase 400 páginas, muitos dados e algumas conclusões importantes, como por exemplo, que nas condições de difícil acesso de ferramentas digitais, o WhatsApp foi o que mais contribuiu para o contato entre famílias e professores. E, também que as atividades impressas tiveram um papel importante para manter esse vínculo, já que muitas famílias não têm acesso a internet.

Segundo a coordenadora da pesquisa em rede, a professora Maria do Socorro Alencar Nunes Macedo (UFSJ), ficou claro o esforço dos professores, com diferentes realidades, para encontrar saídas para o cenário de isolamento. “O estudo mostrou que a impossibilidade de estar com o outro fisicamente comprometeu muito todo o processo de desenvolvimento mesmo. O que é interessante é ver o quanto os professores foram buscando caminhos. Teve gravação no Youtube, WhatsApp, canal de TV aberta contando histórias, e até rádio foi usado. Os caminhos foram muito diversificados, mas o que fica na base é um esforço para manter o contato com as crianças”, pontua a pesquisadora.

A pesquisa analisará, em um segundo momento, o retorno presencial às aulas, que apresenta grandes desafios, principalmente, no que se refere ao processo de aprendizagem da cultura escolar presencial e da organização dos tempos e espaços na sala de aula. Acredita-se que teremos, por muitos anos, de recuperar uma dinâmica que foi interrompida e que afetou a todos, principalmente as crianças em processo de alfabetização ou em idade de iniciar a aprendizagem da leitura e da escrita, apontam os estudos.

Para participar da segunda fase da pesquisa Alfabetização em rede acesse aqui.

 

Este material foi produzido de acordo com as normas disciplinadas pela Instrução Normativa nº 1, de 11 de abril de 2018, bem como se ancora e respeita os demais materiais publicados até o momento no que tange o regramento para a comunicação pública dos órgãos federais durante o período de defeso eleitoral, compreendido de 2 de julho a 2 de outubro, prorrogado até o dia 30 do mesmo mês em função do segundo turno.