Em alusão ao Dia do Estudante, celebrado em 11 de agosto, a Secretaria de Comunicação (Secom) realiza uma série de matérias com alunos e alunas da FURG que desempenham funções paralelas à vida acadêmica.
O terceiro entrevistado desta série é o rio-grandino Thiago Gonzaga Telles, 37 anos, graduando do curso de História – Bacharelado. Desde junho de 2022, ele atua como voluntário no Centro de Documentação Histórica (CDH) da FURG, onde exerce atividades de higienização de documentos.
Segundo o estudante, a motivação para se voluntariar surgiu a partir da apresentação de um projeto da professora do curso de História e coordenadora do CDH, Carmem Schiavon, que tem como objetivo restaurar o material histórico da antiga Fábrica Rheingantz para condições adequadas de pesquisa.
"Fazer parte desse projeto foi uma decisão extremamente importante e tem sido enriquecedora para mim como estudante de história. Durante o período em que estive em contato com a documentação, pude perceber detalhes significativos do cotidiano da Fábrica Rheingantz, como o desenvolvimento do setor têxtil ao longo dos anos e a maneira como lidavam com os produtos comercializados, clientes, segurança e a saúde das trabalhadoras", explicou Thiago.
O discente relata que teve a oportunidade de entrar em contato com fontes primárias e várias amostragens, o que considera de extrema importância para seu desenvolvimento como futuro historiador.
"A memória das trabalhadoras e dos trabalhadores e a relevância que a fábrica Rheingantz teve na história do Rio Grande foram fundamentais para me voluntariar nesse projeto. É gratificante saber que estou contribuindo de alguma forma para a preservação dessas histórias e que no futuro elas poderão servir de base para pesquisadores. Todos os historiadores, especialmente aqueles que se identificam com a cidade, deveriam participar de projetos relacionados ao resgate histórico da Fábrica Rheingantz", ressaltou.
Sobre o processo de higienização de documentos, Thiago é enfático: "Acredito que seja uma forma de dar vida a uma história empoeirada e enriquecer um acervo que poderá ser usado como fonte por futuros pesquisadores". Página por página, o aluno descreve que o processo de remoção da poeira e de qualquer material danoso é minucioso. Após isso, os documentos são enviados ao Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI), onde são armazenados. Aqueles em estágio avançado de deterioração são encaminhados para um local específico para posterior restauração.
VOLUNTARIADO
Antes de começar a trabalhar com os documentos, Thiago passou por um curso de formação, no qual aprendeu técnicas para manusear pincéis, cabines de limpeza e equipamentos de proteção. O curso tem duração de 2h e todos os voluntários recebem certificados de participação. Durante a realização das atividades no Centro, também é fornecida a certificação.
"Nossa maior dificuldade é o número de voluntários e, por esse motivo, aproveito este espaço para convidar outros estudantes a participarem do projeto e se juntarem a nós", concluiu. Todos os estudantes de graduação e pós-graduação da FURG estão aptos a se voluntariar. O contato pode ser feito através do Instagram do projeto (@cdhfurg).
Acompanhe o portal www.FURG.br para ficar por dentro desta e de outras matérias sobre a vida universitária na universidade. Na próxima sexta-feira, 1º de setembro, conheça a última história desta série.