ILA inaugura exposição de fotografias

O Instituto de Letras e Artes (ILA) da FURG convida para a exposição de fotografias “Fazendo Fotos. Herdeiros de Nadar”, dos estudantes da disciplina de Introdução a fotografia/2014, do Curso de Artes Visuais, que será inaugurada nesta quinta-feira (12) e permanece aberta até o dia 20 de março. A mostra será realizada no saguão do prédio do Curso de Artes Visuais, no Campus Carreiros da FURG, sob coordenação da professora Teresa Lenzi e curadoria de Zenaide Alanis. Participam os alunos Natália Lavall, Kaji Finori, Rodrigo Romeu, Pedro Pail, Tainá Almeida, Robson Gonçalves, Matheus Dyner, Carlo Diego Alves, Zenaide Alanis e Ana Claudia Lisboa. “Fazendo Fotos. Herdeiros de Nadar.” De acordo com a coordenadora Teresa Lenzi, a exposição é uma representação das vivências e dos exercícios praticados pelo grupo de estudantes que a compõem, sendo a fotografia considerada como um objeto e um hábito integrado na vida cotidiana do grande grupo social. “É possível fazer esta afirmação sem medo de cometer um equívoco. A fotografia surgiu em um contexto sociocultural desejoso de encontrar um meio técnico capaz de produzir imagens imbuídas de fidelidade e precisão, e assim foi acolhida e reconhecida, como já afirmou Pierre Bordieu”, disse. Segundo a professora, por esta razão, a ideia corrente que se tem sobre a fotografia, bem como os usos que dela se faz, resultam de motivações e crenças construídas e comungadas socialmente. De uma maneira generalizada, o homem comum não questiona a respeito da fidelidade, autenticidade de uma fotografia. Esta é uma preocupação e um problema basicamente acadêmico. E assim tem sido desde seu surgimento, no âmbito social e em muitos casos no âmbito artístico, apesar da existência de especulações e da ampliação dos usos deste meio de produção de imagens. No curso da evolução da técnica fotográfica e da conformação de sua história social, investigações teóricas e práticas de distintas orientações foram questionando e propondo revisões com respeito a sua utilidade e seu valor no âmbito sociocultural. Apesar disto, predominou no imaginário social o entendimento da fotografia como um auxiliar da memória e de preservação da história. A expansão do uso da fotografia se deve justamente a este entendimento e consequente aceitação que ela obteve por parte do grande grupo social, que a sua vez se mantém indiferente às discussões de extração acadêmica sobre o uso e significado desta. “Entretanto, a fotografia, este campo de pensamento como define Philippe Dubois, desde seus primeiros ensaios de nascimento, híbrido, sempre foi um travesti de metalinguagem”, destacou Teresa Lenzi, salientando que no contexto da disciplina de Introdução à Fotografia há a reflexão sobre estas questões e a partir delas o trabalho de especulação e criação.

 

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