CIP/FURG indica aumento de 2,81% no cesto básico em janeiro em Rio Grande

O custo do cesto básico em Rio Grande no mês de janeiro teve um aumento de 2,81% em relação a dezembro, passando de R$ 653,67 para R$ 672,03. De acordo com o Centro Integrado de Pesquisas (CIP) da FURG, isso significa em termos monetários R$ 18,36. O setor que mais contribuiu para o aumento foi o de elaboração primária, representado pela carne de frango, com aumento de 31.80%, seguido pelo setor de produtos in natura, como a cebola e o mamão, que estão, respectivamente, 31,41% e 21,56% mais caros. Já os produtos que apresentaram variações negativas de preços foram os in natura, com a maçã tendo redução de 26,38%, seguidos pelos produtos de limpeza, sendo o alvejante 26,34% mais barato. Em São José do Norte, na avaliação do CIP, que é vinculado ao Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Iceac), o custo do cesto básico em janeiro foi de R$ 604,49, representando um aumento em termos monetários de R$ 14,98 ao compará-lo com o mês anterior, pois o preço foi de R$ 589,52. Em percentual o aumento foi de 2,54%. Os setores que mais contribuíram para essa elevação no valor do cesto foi o de produtos de limpeza, representado pelo sabão em pó, com aumento de 46,12%, seguido pelo setor de produtos in natura, com a alface tendo aumento de 40%. E ainda o arroz, do grupo de elaboração primária, que contou com um reajuste de 34,34%. Já entre os produtos que apresentaram maiores variações negativas nos preços estão o desodorante, do grupo da higiene pessoal, com redução de 21,95%. Representando os produtos industriais aparece o açúcar, que está 13,53% mais barato, e fechando a lista está o feijão preto, representando o setor de produtos in natura com redução de 13,16%. Custo do cesto no ano O custo do cesto básico em Rio Grande apresentou em 2014 um aumento de 12%. O CIP lembra que diferentes indicadores oficiais de inflação no Brasil envolvem entre 300 e 400 produtos variados. O cesto do levantamento da FURG tem como metodologia 51 produtos que se caracterizam por serem itens de primeira necessidade, em sua maioria alimentação, higiene e limpeza. “De qualquer modo, como o cesto envolve os itens de primeira necessidade pode-se argumentar que o custo de vida ficou mais caro no ano de 2014 muito acima da média de inflação oficial do país, abaixo de 7%”, diz o relatório do CIP. Ainda segundo o Centro, com a divulgação do custo do cesto de janeiro fica evidente a continuidade da pressão sobre os preços. “O custo do cesto de janeiro de 2015, quando comparado ao de janeiro de 2014, registra uma elevação de 15%. Os aumentos dos tributos, dos preços dos combustíveis e da energia elétrica tendem a impulsionar ainda mais a elevação dos preços dos itens de primeira necessidade para a sociedade”. No município de São José do Norte o custo do cesto apresentou em 2014 uma inflação de 8%. Assim, o impacto da perda do poder aquisitivo em São José do Norte foi menor do que em Rio Grande. O custo do cesto de janeiro de 2015, quando comparado ao de janeiro de 2014 registra uma elevação de 11%. Mesmo com o impacto dos investimentos do Polo Naval, o município ainda mantém comportamento de variações de preços do custo do cesto inferiores aos verificados em Rio Grande. Metodologia O cesto básico é composto de 51 produtos, divididos nos grupos de alimentação, higiene, limpeza e gás de cozinha. Também fazem parte do cesto o cigarro e a cerveja. As despesas do cesto básico correspondem, em média, a uma família de três pessoas com uma faixa de renda de 1 a 21 salários mínimos. A metodologia que gerou o cesto básico envolve o comportamento das famílias em relação aos principais itens adquiridos mensalmente. Por isso, mesmo que teoricamente não faça sentido o cigarro e a cerveja serem itens básicos no consumo das famílias, o cesto básico reflete que as famílias assim os consideram frente as suas escolhas.  

 

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