Deputados federais participam do Congresso sobre a diversidade sexual e de gênero na FURG

Dando continuidade às atividades do 7º Congresso Internacional de Estudos sobre a diversidade sexual e de gênero da Abeh Práticas, pedagogias e políticas públicas, na manhã desta sexta-feira, 9, a sexta mesa redonda de discussões contou com a presenças marcantes. Estiveram presentes o diretor de Desenvolvimento do Estudante da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), professor Marcio Caetano, o servidor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e representante da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Alexandre Bortolini, o membro do Grupo Arco-Íris e coordenador geral da 13ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro e superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do RJ (SEAS.DH), Claudio Nascimento, a deputada federal Maria do Rosário e o deputado federal Jean Wyllys.

Antes de dar início às discussões, o professor Marcio Caetano, salientou que o congresso chegou ao último dia de atividades com um saldo positivo. Foram discussões e trocas de experiências proveitosas que auxiliarão nos próximos objetivos da comunidade LGBTT. Logo após, cada integrante da mesa teve direito a vinte minutos para a explanação de assuntos referentes ao tema da mesa redonda denominada Políticas Públicas de Enfrentamento à homofobia e promoção da cidadania LGBTT.

Em entrevista cedida à Secretaria de Comunicação da FURG, o deputado federal Jean Wyllys, falou sobre o cenário carente das políticas públicas voltadas para a comunidade LGBTT. Embora alguns estados promovam ações que inibam e punam os atos preconceituosos, o Brasil ainda não possui uma política nacional, disse o deputado ao se referir a criação de uma política que abranja e assegure os direitos dessa parte da população. Outro ponto salientado por Jean é que se deve sim lutar pelos direitos da comunidade LGBTT, mas ao mesmo tempo considerar que existem outras lutas a serem defendidas, como a violência à mulher, ao racismo, à desigualdade social, entre tantas outras batalhas que o país enfrenta.

As políticas públicas precisam se orientar pelo conceito de desenvolvimento humano e democracia, mas elas também são permeadas pela cultura vigente. Nosso país, no último período, depois de avanços importantes que a constituição de 1988 estabeleceu na igualdade jurídica de todos brasileiros e brasileiras, nós vivenciamos em muitos lugares do mundo atual um avanço de setores fundamentalistas que procuram apropriar-se da atuação do estado cerceando direitos a importantes parcelas da população especialmente a partir de controles do corpo e da sexualidade humana, declarou a deputada federal Maria do Rosário, ao falar sobre o cenário das políticas públicas no Brasil.

O público presente pôde participar da mesa e as discussões seguiram até o fim da manhã. Logo mais, o Congresso será encerrado com a palestra da professora da Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS), Guacira Lopes Louro.

 

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