A Escola de Engenharia da FURG remonta à criação desta Universidade e há 58 anos vêm formando engenheiros para nosso país, primando pela qualidade acadêmica e pelo compromisso de formar, acima de tudo, verdadeiros cidadãos. A cada ato de formatura se orgulha dos novos engenheiros que coloca a disposição da sociedade para a construção de uma vida melhor para todos.
Entretanto, é com pesar que nesta nota vem a repudiar as acusações proferidas contra essa Escola, na Assembleia Universitária de 22 de março último, por aqueles hoje egressos do curso de Engenharia Mecânica de nossa Instituição, e prestar os devidos esclarecimentos a comunidade acadêmica e sociedade em geral. Tal nota se faz necessária pelo respeito que a Direção da Escola de Engenharia tem pelos docentes, técnicos administrativos em educação e discentes que a integram.
Na manifestação de tais egressos, através de seu orador, engenheiro Diego Souza de Lima, a Escola de Engenharia foi nominada de omissa em todas suas instâncias e corporativista no que diz respeito à situação de reprovação de alguns alunos na condição de expectativa de ser formando (condição esta definida pela Resolução 11/2006 do Conselho Universitário).
A Escola de Engenharia realizou TODOS os encaminhamentos pertinentes às ações reclamatórias dos alunos realizados dentro dos princípios da educação e respeito, estabelecendo revisão de provas e até mesmo procedimentos avaliativos substitutivos conforme acordo entre alunos, Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) e Direção da Escola de Engenharia, resultante do abaixo assinado processo 23116.001564/2014-71. A Escola sempre se prontificou em receber os alunos numa situação de diálogo, desde que este fosse regrado pelo respeito mútuo e educação. Cabe ainda destacar que a Direção também recebeu pais de aluno reprovado em cordial reunião realizada conjuntamente com a PROGRAD. Nestes termos a Escola de Engenharia comprovadamente se defende da condição de omissa na reflexão e busca de soluções ao problema apontado.
Já a infundada acusação de corporativismo ofende uma Direção que tem gerido seus docentes e técnicos em respeito ao Estatuto desta Universidade e ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal (Decreto nº 1.171, de 22/6/1994).
A Escola de Engenharia entende que por vezes a emoção supera os limites da razão, mas não pode deixar de repudiar que uma Assembleia Universitária, a nosso ver tão significativa para estes ex-alunos, tenha sido utilizada para manifestações que visaram denegrir a imagem da Unidade que desempenhou seu papel de servir nosso país ao propiciar a estes indivíduos a obtenção dos títulos acadêmicos de engenheiros mecânicos.
Por fim, em nome da Escola de Engenharia, esta Direção deseja que todos estes novos engenheiros, incluindo aqueles que escolheram a Escola para continuar seus estudos em pós-graduação, alcancem o sucesso profissional e acadêmico, assim como espera dos mesmos uma reflexão madura sobre os fatos ocorridos.
Prof. Dr. Cezar Augusto Burkert Bastos
Diretor em exercício da Escola de Engenharia
25 de março de 2014