Entre as várias atividades previstas para o primeiro dia de aulas na Universidade Federal do Rio Grande FURG esteve a campanha de doação de medula óssea, promovida pelo Centro de Tradições Gaúchas Farroupilha e a Escola de Química e Alimentos, como o Hemocentro de Pelotas Hemopel. A coleta foi realizada durante a manhã desta segunda-feira e deve ser reprisada em outros momentos ao longo do ano.
Por volta das 10h, já haviam sido coletadas amostras de sangue de 23 pessoas. Entre elas, a acadêmica de Artes Visuais Janaína Porciúncula Faria. Ela, quando tinha apenas seis anos, duas décadas atrás, sofreu na pele o drama de muitos pacientes: perdeu o pai vítima de leucemia, sem conseguir doador. Agora, decidiu ajudar na campanha integrando o Cadastro Nacional de Doadores, para que outras vidas possam ser salvas. Janaína lembra que é muito raro achar um doador, pois ainda existem poucas pessoas informadas e dispostas a doar.
Junto com Janaína, na fila de doação estava Marlisa Beatris Tomazeswski, que, embora não seja acadêmica da FURG, é tradicionalista e soube da campanha pelo pessoal do CTG Farroupilha. Marlisa está a passeio em Rio Grande e decidiu também participar, por considerar muito importante ajudar tantas pessoas com um pequeno gesto como este.
Márcio Crizel, técnico de enfermagem da equipe do Hemocentro, esperava que até o meio-dia, próximo do horário de encerramento da campanha, mais pessoas se dispusessem a doar sangue. Ele conta que a equipe faz este trabalho em toda a região. As amostras serão encaminhadas ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea Redome.
Um dos organizadores da campanha, o CTG Farroupilha, através do patrão Roberto Nunes, diz que esta é uma das funções de um CTG: promover iniciativas em favor da população. Neste caso, os portadores de doenças graves que necessitam de doação de medula. Ele diz que durante o ano serão realizadas novas campanhas, dependendo da disponibilidade da equipe do Hemocentro.
