Abertura ocorreu nesta quinta-feira no Cidec-Sul
Começou nesta quinta-feira (28) o 1º Seminário Nacional de Neurociências Aplicadas à Educação. O evento será realizado até sexta-feira no Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (Cidec-Sul). O tema é Neurociência, Aprendizagem e Ensino: Inovando na Educação.
Na abertura, a coordenadora do Seminário, professora doutora Daniela Martí Barros, disse que os avanços tecnológicos, em especial na área de neuroimagem, têm fornecido uma base sólida de informações para gerar conhecimento significativo de como o cérebro funciona.
Numa visão mais ampla, segundo ela, é possível defender que esses conhecimentos possam contribuir positivamente no campo educacional, adicionando informações que se constituem essenciais para melhor compreensão da aprendizagem. Diante dessa possibilidade e, considerando o papel das universidades frente às demandas educacionais, se faz necessário integrar ações de ensino, pesquisa e extensão com estudos relativos à articulação entre neurociências e aprendizagem, assinalou.
É nesse contexto que surge o 1º Seminário de Neurociências aplicada à Educação. O propósito fundamental é de gerar espaço de discussão cientifica acerca da importância da interlocução entre neurociências e educação, possibilitando entrelaçar teorias cientificas e, consequentemente, buscar alternativas para a inovação pedagógica, frisou a professora.
O reitor João Carlos Cousin foi representado pela professora Leila Costa
Valle, pró-reitora de Graduação em exercício. Leila enalteceu a organização do evento e a realização na FURG. Esse é um tema que grande importância na área de Licenciatura e para professores de formação continuada, salientou.
Palestrante
O primeiro palestrante foi o presidente da Sociedade Brasileira de Neurociências (SBNec), professor Marcus Vinicius Baldo, da Universidade de São Paulo (USP). O professor discorreu sobre a importância da neurociência atualmente citando exemplos de como ela é percebida.
Neurônios são as células que revestem o cérebro e estão agrupadas formando uma "casca" de um a três milímetros também mais profundamente no cérebro nos chamados núcleos da base. Esses neurônios "conversam" entre si e essa "conversa" gera memórias. As memórias são o conhecimento, mas conhecimentos são a matéria-prima para o raciocínio. Portanto, a memória é fundamental ao raciocínio e à inteligência.
A palavra neuro, explicou o palestrante, virou moda, mas é preciso tomar muito cuidado porque o exagero na associação com outras palavras é um abuso de conceito, afirmou. A neurociência pode contribuir em várias áreas, porém há coisas sérias e outras nada sérias. No que diz respeito à educação, Baldo ressaltou que não é apenas o neurocientista dizendo o que deve ser feito, mas deve haver um intercâmbio de informações.
Veja a programação desta sexta-feira no arquivo abaixo.
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