Teve início na manhã desta terça-feira (5) a 1ª Semana dos Povos Indígenas e o 2º Seminário de Acesso e Permanência do Estudante Indígena na FURG. O evento, que ocorre no Centro de Integração Cultural - Campus Carreiros, é uma realização das Pró-Reitorias de Graduação, Assuntos Estudantis e Extensão e Cultura. Até quinta-feira serão discutidas as ações inclusivas para os índios estudantes.
Estão presentes aos eventos lideranças dos segmentos indígenas. Augusto Silva, do Conselho de Articulação Indígena Caingangue e um dos coordenadores do Conselho Estadual dos Povos Indígenas, disse que é preciso pensar juntos a construção do acesso do índio à universidade. Assim vai haver a convivência de culturas diferentes, assinalou.
O líder do movimento indígena Guarani, Vherá Poty, entende que os eventos servem para que sejam feitas reflexões de forma conjunta. Esse é o momento da apresentação e discussão de propostas, argumentou. É preciso que haja a harmonia das nações.
O vice-reitor da FURG, professor Ernesto Luiz Casares Pinto, representando o reitor João Carlos Cousin, enfatizou a importância da universidade e da inclusão do indígena. Para ele, frequentar a universidade oportuniza ao indígena não só a aprendizagem, mas também o crescimento como ser humano.
A coordenadora de Educação no RS da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Inês Freitas, relatou a situação dos índios universitários no Estado e as suas necessidades. Segundo Maria, muitas vezes ocorrem rejeições por preconceito dos outros universitários que não aceitam as reservas de vagas. Outra dificuldade é a maneira própria de alimentação e de moradia, por exemplo, do indígena. O oferecido a eles é o mesmo tratamento dado aos demais alunos.
Além da FURG, no Estado eles estudam na Universidade Regional do Noroeste do RS (Unijui), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade de Passo Fundo (UPF) e Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). O Programa de Ação Inclusiva (Proai) da FURG possui um sistema de bônus para candidatos egressos do Ensino Público Fundamental e Médio, entre eles indígenas. Atualmente, dois deles frequentam a Universidade, um rapaz no curso de Medicina e uma moça na Enfermagem.
