1º Fórum Brasileiro da Amazônia Azul e Antártica: Investimento em pesquisa oceanográfica é tema de mesa redonda

A mesa redonda Infraestrutura para pesquisas do Mar e Antártida, uma das atividades realizadas nessa manhã no 1° Fórum Brasileiro da Amazônia Azul e Antártica, na Universidade Federal do Rio Grande, reuniu professores, pesquisadores e representantes de órgãos federais ligados ao desenvolvimento e manutenção dos recursos destinados às questões do mar.

Belmiro Mendes de Castro Filho, professor da Universidade de São Paulo (USP), Nilo Cesar Martins Aurnheimer, representante da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério de Ciência e Tecnologia (Finep), Antônio Fernando Garcez Faria, do Centro de Hidrografia da Marinha e Antônio José Teixeira, do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), sob a coordenação do professor Lauro Saint Pastous Madureira, da FURG, apresentaram indicadores e perspectivas para o trabalho desenvolvido pelas Ciências do Mar no país em articulação com as ações do governo brasileiro.

Nilo Aurnheimer (Finep) destacou a relevância do fórum para a tomada de decisões a respeito dos recursos investidos, queríamos levar uma posição: o que é mais importante para as Ciências do Mar nesse momento? A aplicação da verba existente em grandes embarcações ou em embarcações de menor porte? Gostaria que saísse desse fórum um documento que oriente o investimento, propôs. Segundo Aurnheimer, o Finep dispõe de cerca de R$19 milhões para aplicação na área.

Durante a sessão de perguntas, diversos estudantes, professores e pesquisadores se manifestaram. O professor Gilberto Griep, da FURG, ao comentar as colocações dos palestrantes, sugeriu o emprego dos recursos na recuperação dos navios de pesquisa já existentes. Hoje temos um navio na FURG ultrapassado, que carece de revitalização. Investindo nesse navio já é possível atender a demanda de três estados do Sul. A aplicação de recursos em navios da USP atenderia os estados do Norte. Isso traria benefícios mais rápido, argumentou.

Um navio de pesquisa tem três centros de despesa, explicou Belmiro de Castro, da USP: salário da tripulação, operação e manutenção. É no último item que o investimento é deficitário. Alguns milhões de reais por ano conseguiriam manter dois navios operando satisfatoriamente, apostou o professor.

À tarde estão programadas mesa redonda e palestras, incluindo atividades paralelas de discussão, nas salas de reuniões do Cidec-Sul. No palco principal acontece, às 14h30min, a mesa Oceanos, Zonas Costeiras e Mudanças Climáticas. Às 16h45min haverá a palestra Mar e Energia, ministrada por Eliab Ricarte Beserra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Coppe) e simultaneamente a mesa redonda Contribuição Brasileira ao IV Ano Polar Internacional Ciências da Vida, de que participam professores e pesquisadores da UFRJ, UFPR, USP e FURG, com a coordenação de Tania Brito, do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Créditos fotos: Andréia Pires, ACs/FURG

 

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