A Estação Marinha de Aquacultura-EMA da Universidade Federal do Rio Grande-FURG realizou na manhã desta quinta-feira, 07, a despesca de camarões com excelente resultado. A retirada dos animais dos tanques corresponde à etapa final do processo de cultivo, proposta de projeto de extensão aprovada no Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). O projeto de extensão, que atende também à pesquisa e ao ensino, já foi desenvolvido outras vezes no estuário, mas é a primeira vez que a EMA o realiza em laboratório.

O camarão recolhido começou a ser cultivado no dia 7 de fevereiro por pesquisadores e alunos da universidade e por pescadores da região. Em quase três horas de atividade foram coletados cerca de 300 quilos de camarão, com peso médio de 12 gramas.

O professor e pesquisador Luis Poersch conta que o projeto já teve sucessos e fracassos de produção, em razão das condições climáticas do estuário e da pressa ao realizar a pesca, pois nem sempre o pescador espera o camarão atingir o tamanho adequado. Quando o processo é mais controlado tem mais chance de dar certo, diz. Wilson Wasieleski, coordenador da EMA, comemora: tivemos cem por cento de sobrevivência.

Um grupo seis de pescadores, formado por três da Querência, dois da Ilha dos Marinheiros e um da Quitéria, participou de cursos oferecidos pela EMA, com atividades práticas e teóricas para o aperfeiçoamento de saberes sobre a criação de camarões de maneira sustentável. Estão envolvidos no trabalho15 alunos de graduação, mestrado e doutorado da FURG, além de alunos da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), que participam voluntariamente.