Navio da FURG atua no estudo do litoral de Abrolhos

O navio oceanográfico Atlântico Sul e uma equipe de pesquisadores da FURG estão integrando o projeto Produtividade, Sustentabilidade e Utilização do Ecossistema do Banco de Abrolhos, financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia -MCT/CNPq e coordenado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo USP. O Banco de Abrolhos representa um dos mais importantes ecossistemas marinhos do Brasil.

Visualizando-se a costa como referência, o Banco dos Abrolhos estende-se desde a cidade de Alcobaça, no estado da Bahia, até Regência, no Espírito Santo, totalizando aproximadamente 48.000 km². Abrolhos tem a maior biodiversidade do Atlântico Sul e abriga diversas espécies de mamíferos, tartarugas, peixes e invertebrados ameaçados de extinção.

A história geológica desta região também favoreceu a formação de reservas de petróleo e gás que já estão sendo exploradas, com plataformas em operação ao sul do Banco. Durante as atividades desenvolvidas com o Atlântico Sul, entre os dias 26 de janeiro e 02 de fevereiro, um navio de prospecção sísmica para petróleo trabalhava sobre a parte sul do Banco, licenciado pela Agência Nacional do Petróleo - ANP e Ibama, indicando que em breve haverá plataformas instaladas naquela área também. Para o professor da FURG Lauro Saint Pastous Madureira, a exploração sustentável dos recursos biológicos e minerais da costa leste do Brasil depende do conhecimento integrado dos processos oceanográficos e ecológicos, como pregam as atuais bases conceituais das ciências marinhas.

É neste contexto que a FURG colabora com a USP neste importante estudo. A bordo, coordenaram os trabalhos Lauro Madureira pela FURG e o Dr. Mário Katsuragawa, pela USP. Alunos de doutorado, pós-doutorado, mestrado e graduação das duas Universidades participaram do trabalho. Pela FURG também integram o projeto os Prof. Drs. Ivan Dias Soares, José Henrique Muelbert, Maurício Magalhães Mata e o Eng. M.Sc. Antonio Carlos Duvoisin.

Este cruzeiro concentrou-se no estudo de organismos de pequeno porte que formam a base da teia trófica e também na circulação marinha na parte sul do Banco de Abrolhos. Foram utilizados equipamentos acústicos e a laser para detecção e contagem de plâncton e redes de amostragem estratificada para micro e macro organismos, além de sensores para avaliação de estrutura de temperatura e salinidade da coluna dágua.

Nesta quinta-feira, 05, o navio oceanográfico Atlântico Sul retornou a Santos, onde descarrega equipamentos e a seguir navega para Itajaí, onde fica no estaleiro por alguns dias, para só depois retornar a Rio Grande.

FOTO1: Alunas junto a imagens acústicas

FOTO2: Rede grande para amostragem

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