FURG fará monitoramento de animais para obras em estradas

A FURG, através do Museu Oceanográfico Prof. Eliézer de Carvalho Rios, vai desenvolver o projeto de monitoramento da fauna nas regiões do entorno das rodovias BR 116 e BR 392, visando a realização de obras de adequação da capacidade e melhorias operacionais nas rodovias.

O tema foi tratado em reunião na segunda-feira, no Gabinete do Reitor, quando foram recebidos pelo reitor em exercício, Ernesto Casares Pinto, representantes do Centro de Excelência em Engenharia de Transportes Centran, órgão ligado aos Ministérios de Defesa e de Transportes. O coronel Paulo Roberto Dias Morales (chefe da Assessoria 7), José Antônio Carneiro Borges (coronel engenheiro) e a advogada Karin Cristine Henkel, relataram alguns detalhes das obras, realizadas em parceria entre os dois ministérios e acertaram detalhes finais da participação da FURG através do Museu.

Os Programas de Monitoramento de Fauna e de Levantamento, Mitigação e Monitoramento dos Atropelamentos de Fauna atendem a um dos conjuntos de recomendações para reduzir as interferências da obra sobre a biodiversidade existente no entorno e áreas limítrofes das rodovias. O conjunto de procedimentos representarão uma compensação por impactos gerados nos trechos estudados, resultante direta ou indiretamente da implantação da rodovia.

Objetivos

Conforme o projeto do Museu Oceanográfico, deverão ser identificados os locais na rodovia onde ocorre maior número de atropelamentos das espécies da fauna e caracterizada a região do entorno; relacionados os resultados da caracterização das áreas e das espécies atropeladas com os resultados do programa de monitoramento da fauna; propostas medidas de mitigação para redução do casos de atropelamentos das espécies da fauna, inclusive com a implantação de projetos de engenharia especiais. Além disto, serão monitorados todos os tipos de fauna existentes na região: mamíferos, répteis, aves e peixes.

Serão seis meses de monitoramentos quinzenais entre Pelotas e Rio Grande, numa velocidade de 50km/h, buscando identificar todos os répteis, aves e mamíferos atropelados. A cada atropelamento, o animal será identificado e quando possível medido, sexado e pesado. Universidades e centros de pesquisa do Estado serão contatados para verificar o interesse em receber animais que estejam em condições para comporem coleções científicas.

Os resultados comporão um banco de dados que permitirá a avaliação espaço-temporal da comunidade faunística na área de estudo.

 

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