DEBATE

Desafios no processo transexualizador é tema de simpósio inédito na FURG

Evento acontece na área acadêmica do HU-FURG/Ebserh até 8 de junho

Foto: Júlia Sassi

Teve início ontem, 6, o I Simpósio Saúde, Educação e Direitos Humanos: desafio no processo transexualizador no anfiteatro Newton Azevedo, na área acadêmica da Unidade Saúde. O simpósio é fruto de um trabalho em conjunto do Grupo de Pesquisa Sexualidade e Escola (Gese), da Faculdade de Medicina (Famed), do Programa de Pós-graduação em Ciências: Química da Vida e Saúde e do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. (HU-FURG/Ebserh). O evento tem como objetivo problematizar a discussão sobre o processo transexualizador entre profissionais de diferentes áreas. Segundo Paula Ribeiro, líder do Gese, essa discussão se debruça sobre os três pilares do evento, trazendo a temática dos Direitos Humanos como peça fundamental.

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Na manhã desta sexta-feira, 7, foi realizada a primeira mesa de debates integrando a programação do evento, com a temática “Acesso à saúde e direitos dos sujeitos trans”. A mesa foi mediada pela docente Juliana Rizza, e teve a participação de Djeniffer Rodrigues Coradini, da 3ª Coordenadoria Regional de Políticas de Equidade em Saúde LGBTI, Marcia Brasil, assistente social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e Marcia Monks, representante do Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE). A mesa possibilitou o debate entre as palestrantes e os presentes.

A 3ª Coordenadoria atua seguindo os parâmetros da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População LGBT nos 22 municípios que atende - de Santana da Boa Vista até o Chuí. De acordo com Djeniffer, o trabalho exercido pela 3ª regional é voltado à gestão da educação e saúde. “Muitas vezes os municípios não tem contato com essa política e não entendem como política pública de saúde, então é necessário mais do que informação, é necessário construir e desconstruir conceitos”, afirmou Djeniffer.

Marcia Monks fez um relato sobre sua trajetória e falou sobre a necessidade de abrir espaço para pessoas transexuais. “Estando aqui ou em qualquer outro espaço público ou privado, minha vida é fazer a interlocução entre a universidade, o poder público e as travestis e transexuais”, declarou.

“Quando falamos dos desafios do processo transexualizador, com certeza temos muitas discussões para pensar”, iniciou Marcia Brasil. A assistente social apresentou os resultados e dificuldades que surgiram ao trabalhar a temática no Rio de Janeiro.

A programação do 1º Simpósio Saúde, Educação e Direitos Humanos: desafio no processo transexualizador segue até sábado, 8, com exposição de pôsteres e a conferência de encerramento intitulada “A educação na desconstrução dos preconceitos”.

 

 

Galeria

I Simpósio Saúde, Educação e Direitos Humanos: desafio no processo transexualizador

Júlia Sassi