Caic estimula a escrita e o contato com a literatura em 4ª Festa Literária

O Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic) realizou, nos dias 9 e 10 de novembro, a 4ª Festa Literária do Caic (Flic). Com o tema “Enquanto eles capitalizam a realidade, eu socializo meus sonhos”, a festa promoveu atividades e exposições organizadas por alunos e professores do centro, e contou com a participação do escritor, poeta, agitador cultural e fundador da Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa), Sérgio Vaz, que inspirou essa edição do evento.

Nos primeiros anos, a Flic começou com o movimento da gestão provocando a comunidade. A organização pensava a programação e a comunidade participava mais como ouvinte. Dessa vez, o evento contou com uma expressiva participação dos alunos e da comunidade, que tiveram um maior protagonismo nas atividades. “A gente não fez nada enquanto gestão, só mobilizou as ideias que emergiram do coletivo. Então, os professores organizaram as crianças e a resposta foi muito grande”, contou a diretora do Caic, Débora Amaral.

O Caic vem apostando na literatura e tentando compartilhar com a comunidade a importância de ler e escrever.  “Na nossa formação de professores a gente pensava muito isso: o aluno lê e escreve só para mostrar para a professora que sabe. Só para aquisição e não para vivência. Como a gente usa a linguagem escrita e a capacidade de ler pra pensar? Usar como ferramenta pra pensar outras coisas? E a Festa Literária vem contribuindo pra isso. Pra vivenciar essa ação de ler, escrever e fazer história”, diz Debora.  

Como resultado desse trabalho e estimulo do Caic, o aluno do oitavo ano da escola, Kevyn Josué dos Santos, produziu sua própria obra inspirado nos poemas e escritas do escritor Sérgio Vaz.

O autor fez uma palestra aberta ao público geral e os estudantes do Caic tiveram a oportunidade de encontrar o autor, que agradeceu a oportunidade de estar na escola e falou sobre a experiência de participar da Flic. “Pra ser sincero, eu conheço boa parte do Brasil. Já fui a sete países e eu nunca encontrei lugar como o Caic. A escola voltada pra literatura. Eu conheço escolas melhores, com recursos melhores, mas não vi uma escola como essa”, contou.

 

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Acessa a poesia do aluno Kevyn Josué

 

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