Cram/FURG libera 10 animais marinhos após reabilitação

Na quinta-feira (4), o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) fez a liberação de 10 animais que estavam em tratamento. A soltura foi realizada na orla da praia do Cassino, cerca de 1km da Estação Marinha de Aquacultura (EMA/FURG).

Duas tartarugas e oito pinguins foram devolvidos ao mar, todos tratados pelo Cram e já reabilitados. Entre eles, um pinguim apreendido pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, que era mantido em cativeiro junto com outros animais silvestres. A ave foi resgatada e encaminhada ao Cram, que é referência no tratamento desses animais.  Ainda em recuperação, uma gaivota e duas tartarugas estão sendo tratadas sem previsão de liberação.

Segundo o médico veterinário e coordenador do Centro, Rodolfo Silva, com uma equipe multidisciplinar formada por biólogos, veterinários e oceanólogos, “o Cram desenvolve um trabalho de reabilitação com toda a estrutura necessária, como forma de dar uma resposta à sociedade fazendo esse processo de monitoramento, resgate e recuperação desses animais”.

 

Sobre o Cram

O que viria a se tornar o Cram começou em 1974, quando Lauro Barcellos, hoje diretor do Complexo de Museus da FURG, deu início a um trabalho de reabilitação dos animais marinhos enfermos e debilitados, os quais encontrava e resgatava ao longo da faixa de praia. Neste mesmo ano, começou a estudar Oceanografia na Universidade Federal do Rio Grande e, paralelamente, trabalhava como voluntário no Museu Oceanográfico.

Desde o início deste trabalho, contou sempre com o apoio do professor Eliézer Rios – diretor fundador do Museu Oceanográfico da FURG - do colega de trabalho Rodiney Nascimento e de médicos amigos que ofereciam ajuda e conhecimentos para tratar os animais marinhos que resgatava no litoral do Rio Grande do Sul.

Em 1995, o médico veterinário Rodolfo Pinho da Silva e a oceanógrafa Andréa Adornes passaram a se interessar pela proposta e passaram a fazer parte da equipe do Cram, que naquele momento, recebia apoio do Ministério do Meio Ambiente por meio do Fundo Nacional do Meio Ambiente e ajudaram a construir instalações adequadas aos trabalhos de reabilitação de animais marinhos.

Hoje, o Centro de Recuperação funciona com áreas para despetrolização de fauna, tanques para reabilitação de animais, sistemas hidráulicos adequados, água quente em abundância, medicamentos, materiais para resgate e imobilização de animais.

 

 

 

Assunto: Arquivo