Diversas expressões culturais se encontram na feira

Nesta sexta-feira (3), a 44ª Feira do Livro contou com a presença de diferentes expressões culturais. Na Arena Cultural, o ritmo gaúcho entrou em cena: o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Farroupilha atraiu o público com muita música e dança. Já o espaço próximo à Rede de Artesanato e Economia Solidária recebeu indígenas da tribo Kaingang, que fica até o domingo (5) na feira, com exposição e venda de artesanato produzido pelo grupo.

No Espaço Literário, a poesia de autoria feminina figurou no sarau “Mulheres Poetas”, promovido pela Sociedade dos Poetas Papareias. No primeiro momento da atividade, integrantes do grupo declamaram dez poemas, todos escritos por mulheres. Após, o espaço foi aberto para o público apresentar textos autorais. O sarau já é uma rotina do coletivo de escritores e esteve pela primeira vez na feira. “A gente queria trazer para cá para envolver o público, para poder falar das poetas e da luta pela divulgação da literatura feminina”, afirma uma das organizadoras, Paula Liaroma.

“A gente tentou construir dentro do sarau um momento de leitura e de compartilhar textos e também um ato político, pois falamos de uma luta grande de resistência”, afirma outra organizadora da atividade, Marcela Richter. Além do sarau, o Espaço Literário acolheu a penúltima sessão de autógrafos coletiva do evento. Desta vez, participaram: Maria do Carmo Galiazzi, com o livro Cirandar: rodas de investigação desde a escola – volume III e álbum do PIBIG FURG 5; Cristiane Alves, Willian Rubira, Rafaele Araújo e Vilmar Heckler, com a obra Experiências no projeto Novos Talentos: contextos e tecnologias em processos formativos; Carmo Thum, Jéssica Rocha e Marcos de Souza, com Identidades Pomerana e Negras: perspectivas, dilemas e horizontes; Juliana Mazurana, Lurdes Laureano, Jaqueline Dias e Carmo Thum, com o livro Povos e comunidades tradicionais do Pampa; Elair de Souza com a obra 2017 – o Ano de Saturno; e Ana Luiza Cosme e alunos da escola Valdir de Castro com o livro No mundo dos nossos poemas.

Rua das crianças

As atividades da Rua das Crianças iniciaram com uma oficina de Tagran, ministrada pela vice-diretora do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic), Carla Tavares. O Tagran é uma atividade milenar que surgiu na China. Com as sete peças é possível criar mais de 1.100 figuras. “O Tagran ajuda na matemática e no raciocínio lógico, por exemplo”, explica Carla.

A oficina “Tapetes Literários e Excertos Freireanos”, do projeto Contadores de História do Caic, trouxe para a feira uma atividade desenvolvida com os alunos dos últimos anos do Centro. De acordo com a professora organizadora, Thais Baquini, o projeto iniciou com uma contação de histórias dos alunos para as crianças do turno infantil. “No final do ano passado tivemos a ideia de começar a trabalhar com os tapetes contadores de história”, diz. Os tapetes carregam poemas como os de Cecilia Meireles e Mario Quintana, que são declamados pelos estudantes. Na oportunidade, quatro estudantes do 7º ano do Caic estiveram presentes contando histórias para as crianças. Também foram destaques do espaço infantil a oficina cultural “Musicalizando o Ser” com Marcelo Vaz e a sessão de curtas Pais e Filhos, promovido pelo Setor 3.

 

Banca de literatura independente tem lançamento no sábado, 4

A banca “Usina das Artes” tem um convidado especial neste sábado (4): o cão Estopinha. O  cãozinho estará presente porque o seu dono, o cartunista Wagner Passos, irá lançar na feira o livro “O barão Estopinha”, sobre a história do mascote. Wagner explica que o livro foi feito em conjunto com os pais, Celia Bastos e Ivonei Peraça. “O livro nasceu pelo acaso, a partir do texto que meus pais fizeram, eu comecei a fazer desenhos”, conta. A história narra a chegada de Estopa e a convivência com a família.

Personagens da ficção vão invadir a feira neste sábado, no Festival de Cosplay Egona, a partir das 17h, na Arena Cultural. Na Rua das Crianças, são destaques da programação as oficinas “Contos e Lendas Indígenas”, Poesia para Crianças Limeriques e oficina de grafite. No Espaço Literário, antes da sessão coletiva de autógrafos, acontece a oficina de criação literária “E se eu não tiver uma grande ideia?”, com o escritor porto-alegrense Reginaldo Pujol Filho, autor dos livros Azar do personagem, Quero ser Reginaldo Pujol Filho e Só faltou o título. Interessados em participar da atividade podem fazer inscrição no local.

O projeto DJ Trapsoul: A Alma da Música, com DJ Tuty, faz sua última participação no evento, das 20h às 22h, no Café Cultural. Nos espaços de circulação, ocorrem as intervenções culturais com Greyce Masiero e Odair Souza e o Rodízio Literário, com a agente Cultura Viva Carol Fortes. Na sessão de autógrafos, serão apresentados sete títulos: A Política de Ações Afirmativas da FURG: um espaço de formação permanente, O ciclo da vida, Reflexão em Deus, Nossos Poemas, Histórias de vento, mar e amor, Ouvido Absoluto e Ação Popular: na doutrina, na jurisprudência e na prática. A Feira do Livro da FURG termina no domingo (5).

 

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