Consun reconhece movimento de greve na FURG

Em reunião extraordinária, nesta segunda-feira, 28 de novembro, o Conselho Universitário (Consun), reconheceu o movimento de greve na Universidade, deflagrado pelos servidores técnicos administrativos em Educação a partir de 10/10/2016 e pelos docentes a partir de 17/11/2016. Também encaminhou, por competência, ao Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração (Coepea), a reformulação do Calendário Universitário, no momento oportuno. Na mesma reunião, foi aprovado manifesto contra a PEC nº 55/2016, que trata do Teto dos Gastos Públicos, contra o Projeto “Escola sem Partido” e a contra a Medida Provisória 746/2016, que trata da reforma do ensino médio.

A partir do reconhecimento do movimento de greve, a Reitoria, junto com os diretores das unidades acadêmicas e, em diálogo com o comando de greve, poderão tomar providências em relação às atividades consideradas essenciais, como por exemplo, o direito dos formandos de concluírem suas atividades e realizarem a colação de grau no período já definido em calendário. E, ainda, ao final do movimento de greve, será possível encaminhar para a aprovação no Coepea, o Calendário Universitário reformulado, com a reposição dos dias letivos; a convalidação das atividades acadêmicas realizadas durante o período da greve, atestadas pelas unidades acadêmicas; e a reposição integral das atividades acadêmicas para os estudantes que não compareceram às aulas durante o período de greve. A reformulação do calendário deve levar em consideração as especificidades do período do movimento em cada um dos campi da FURG, o que poderá resultar em diferentes calendários.

A reitora Cleuza Dias, que preside o Consun, ressaltou também a necessidade de um grande esforço de toda a comunidade na direção da construção pelo dialógico, do respeito, da solidariedade e do bom senso, considerando o momento de grandes tensões em que nos encontramos pela defesa da educação pública de qualidade, com respeito à diversidade e às diferenças. “As Universidades são espaços de produção de conhecimentos, de formação de pessoas e, também, ao longo da história, de muitas conquistas, resultantes dos movimentos dos seus servidores e dos  estudantes, e que resultaram na melhoria da nossa educação pública, gratuita e de qualidade. Não podemos, hoje, ser afetados pelo sentimento de intolerância e da cultura do ódio dentro de nossas Universidades. Espero que possamos superar os desafios com responsabilidade e bom senso”, disse a reitora.

 

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