Carolina Silveira
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Integrada à Semana do Meio Ambiente, iniciou nesta quinta-feira (9) e se estende até esta sexta-feira (10), na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), o 8º Simpósio de Energia e Meio Ambiente (Sema), no Centro Integrado e Desenvolvimento Costeiro e Oceânico (Cidec-Sul). Com o lema “O futuro é nossa responsabilidade”, a atividade reúne acadêmicos e palestrantes de diversas universidades do país.
O Simpósio, que é iniciativa dos estudantes e professores grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) de Engenharia Química da FURG, tem por objetivo promover o contato da indústria com o meio acadêmico e fomentar o compartilhamento de experiências e conhecimentos nas áreas de energia e meio ambiente. Com essa premissa, a programação, que foi dividida em dois dias, teve como foco inicial o meio ambiente e no segundo dia, a energia, e reuniu palestras, painéis com profissionais da área de meio ambiente, apresentação de trabalhos em forma oral e em pôster, minicursos e atividades culturais.
A abertura do evento contou com a presença da reitora da Universidade Federal do Rio Grande, Cleuza Dias, autoridades locais da Universidade e de outras instituições, representantes municipais e do Porto de Rio Grande. A primeira palestra foi proferida pelo professor da FURG, Glauber Gonçalves, sobre “A inteligência territorial e o diagnóstico de sustentabilidade”. Em sua fala, o palestrante trouxe à tona assuntos que envolvem a ocupação urbana, a sua demanda o impacto ambiental consequente. “Antigamente se pensava em soluções e em economia. Hoje, incluímos a sustentabilidade ambiental nesse processo, pois precisamos gerar energia limpa para atender às necessidades da população. Temos que pensar em formas diferentes de energia”, explica.
A mudança de pensamento, principalmente dos profissionais de engenharia, segundo o coordenador do grupo PET, Walter Ruiz, acontece ainda na graduação, com o destaque do impacto que a engenharia tem no meio ambiente e a conscientização dos jovens, que serão os multiplicadores desses ensinamentos. “Buscamos formar profissionais que possam auxiliar na construção, mas também conservação do nosso mundo, com consciência e responsabilidade. Temos que devolver ao ambiente o que tiramos”, completa. Ruiz defende também a flexibilidade curricular e fomento da participação em eventos extra-classe. “O conhecimento fora da sala de aula traz uma vivência única ao aluno, que agrega não só em sua formação acadêmica, mas em sua vida”, diz.
A programação de quinta-feira contou ainda com a palestra do professor do Centro de Engenharia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Maurizio Quadro, sobre a gestão municipal de Pelotas, com foco no saneamento, drenagem urbana, resíduos sólidos e também a relação com a saúde pública. Após, foi realizado o painel sobre “Gestão Ambiental: Desafios e perspectivas” e apresentação oral de trabalhos. Na parte da tarde, o Simpósio trouxe a palestra “UTE Outro Negro: 600 MW – Aspectos Tecnológicos e Socioambientais”, do engenheiro Francisco Porto.
Minicursos são realizados simultaneamente na parte da tarde, no primeiro e no segundo dia de programação, e envolvem três assuntos: morfologia da partícula no controle de emissões aéreas; biomarcadores ambientais; e tecnologia eletroquímica para remediação de poluentes.
O Simpósio tem caráter itinerário, por isso sua promoção é alternada entre a FURG, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e o Instituto Federal Sul-rio-grandense (IF-Sul), que são apoiadores da iniciativa. Esta edição incluiu um novo parceiro à lista: a UFPel, que sediará o evento em 2017. O Simpósio ainda tem colaboração do PET Engenharia de Alimentos da FURG, Diretório Acadêmico da Engenharia Bioquímica, do Grupo de Trabalho Tutorial em Engenharia Bioquímica da FURG, e contou com o apoio da Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG).
Exposição fotográfica
Como resultado de um projeto, realizado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, foi apresentada na entrada do Cidec-Sul uma exposição tecno-científica, com fotografias que ilustram a qualidade de ocupação urbana da costa brasileira e o potencial energético. As imagens envolvem o trecho do Paraná ao Rio Grande do Sul.
A fotos foram tiradas em fevereiro deste ano, a partir de um sobrevôo pelos locais, e são de autoria do professor da FURG Glauber Gonçalves e do acadêmico de Engenharia Mecânica e piloto, Roberto Leipniz.
