Cultura e informação marcam encerramento da programação da Acolhida Cidadã dos indígenas e quilombolas na FURG

As atividades da Acolhida Cidadã dos indígenas e quilombolas, que está em andamento desde 16 de fevereiro, na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), encerrou sua programação na última sexta-feira (4). Na ocasião, foi realizada uma reunião com os alunos ingressantes, junto à reitoria, pró-reitorias, representantes de unidades acadêmicas, assistentes sociais, estudantes veteranos e lideranças quilombolas da região sul. Em 2016, ingressaram na Universidade 63 estudantes oriundos de comunidades indígenas e quilombolas. A integração cultural permeou toda a reunião, com o envolvimento das culturas nas atividades desenvolvidas. A programação do encontro foi aberta a partir da proclamação do hino nacional, cantado na língua indígena kaingang, por dois acadêmicos. Após, foram apresentados detalhes sobre as ações afirmativas que são desenvolvidas pela Universidade, no âmbito da integração das diferentes comunidades no contexto acadêmico. “A FURG desenvolve ações inclusivas, para que todos sejam e se sintam acolhidos, mas sem descaracterizar as diferenças. Buscamos incluir, sem generalizar, pois somos diferentes, mas nossos direitos são iguais”, ressalta a reitora da FURG, Cleuza Dias.  A reunião contou também com uma apresentação de dança típica quilombola, promovida pela estudante de medicina, Barbara Dandara. Para a acadêmica de direito, do quilombola Moçambique, Madaliza Nascente, a Acolhida Cidadã é de extrema importância para a integração dos novos acadêmicos na Universidade. A estudante destaca que ao chegar à FURG eles se deparam com uma estrutura muito grande e por consequência, ficam um pouco perdidos. “A Acolhida Cidadã é ótima para nos situar melhor na Universidade”, diz.  Durante a programação da Acolhida Cidadã, foram realizadas oficinas com os novos estudantes para integração tecnológica e dicas básicas de informática, para que possam acessar online o sistema da Universidade, além de programação cultural e geográfica pela cidade de Rio Grande. “O auxílio das assistentes sociais também é fundamental, pois elas nos dão muitas orientações, como por exemplo, ações para termos acesso aos benefícios que a FURG dispõe”, completa. Leia mais: Estudantes indígenas e quilombolas da FURG participam de Acolhida CidadãAs ações inclusivas estão em andamento na Universidade desde 2010 e neste ano a FURG registra a primeira graduação de três acadêmicos indígenas. “Estamos felizes por estarmos construindo algo sólido. Esses estudantes retornarão qualificados às suas comunidades, onde poderão exercer suas profissões”, destaca Cleuza. É responsabilidade da Universidade, segundo a reitora, auxiliar os estudantes em todas as suas etapas na Universidade, desde o ingresso, permanência até a formação qualificada. “É um sonho vermos essas ações realmente acontecendo. Almejamos a possibilidade de retornarmos, após alguns anos, a essas comunidades e vermos o impacto que elas sofreram”, completa o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Vilmar Pereira.

 

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Acadêmica de direito, do quilombola Moçambique, Madaliza Nascente - Créditos: Altemir Viana

Acadêmica de direito, do quilombola Moçambique, Madaliza Nascente - Créditos: Altemir Viana

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