Na tarde desta quinta-feira, 16, o presidente Luis Inácio Lula da Silva oficializou o reajuste nos valores das bolsas de graduação, pós-graduação, iniciação científica e Bolsa Permanência. Os repasses sofrem com a defasagem de dez anos, tendo sido reajustados pela última vez durante o governo Dilma, em 2013.
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De acordo com informações divulgadas pelo governo, a correção dos valores implica um aporte de R$ 2,38 bilhões em recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Na prática, para as bolsas destinadas aos estudantes de programas de mestrado e doutorado, pagas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) o repasse será aumentado em 40%; as bolsas de pós-doutorado serão ajustadas em 25%. Os novos valores passam a vigorar a partir de março.
Confira a seguir os novos valores:
Mestrado: de R$1.500 para R$2.100;
Doutorado: de R$2.200 para R$3.100;
Pós-doutorado: de R$4.100 para R$5.200.
Na FURG
Segundo dados da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp), a FURG possui 294 bolsistas de mestrado e 287 bolsistas de doutorado da CAPES. A universidade também conta com 28 discentes de mestrado e 13 de doutorado com bolsas do CNPq .
Para o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Eduardo Secchi, o reajuste era uma medida essencial, uma vez que a defasagem no valor das bolsas vinha causando impactos diretos no sistema nacional de pós-graduação, como o aumento da evasão e a diminuição na procura pelos programas. “O valor pago pelas bolsas, considerando a inflação acumulada de dez anos, tornava difícil a manutenção da permanência de estudantes nas cidades onde realizam seus cursos; além disso, a verba defasada impacta negativamente o poder de compra desses estudantes, tornando todo processo de pós-graduação menos atrativo. Essa menor procura e maior evasão tem efeitos drásticos para o avanço da ciência e, portanto, do desenvolvimento, uma vez que a pós-graduação é a locomotiva da pesquisa nacional. Ainda que um alento, o reajuste não representa a plena correção dos valores, e, embora bem-vindo, vamos seguir lutando para que nos próximos anos as bolsas continuem sendo corrigidas para acompanhar o cenário econômico atual”, explicou o gestor.
Demais modalidades
O reajuste também chega para os estudantes de graduação. Na modalidade, as bolsas de iniciação científica terão acréscimo de 75%, passando de R$ 400 para R$ 700. A Bolsa Permanência, por sua vez, terá o primeiro reajuste desde que foi criada, em 2013. O auxílio financeiro é voltado a estudantes quilombolas, indígenas, integrantes do Prouni e alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de ensino superior. A intenção é contribuir para a permanência e diplomação dos beneficiários; os percentuais de aumento vão variar de 55% a 75%.
O valor das bolsas do sistema Universidade Aberta do Brasil também recebeu reajustes, passando para: Coordenador de Curso (R$2.000,00), Professor (R$1.850,00), e Tutor (R$1.100,00).