Uma análise desenvolvida por pesquisadores do Projeto Exactum, do Instituto de Matemática, Estatística e Física (Imef) da FURG, indica a desaceleração da contaminação por Covid-19 em Rio Grande. A cidade de Pelotas, entretanto, apresenta crescimento com aceleração positiva. Segundo os dados coletados até 25 de setembro, o Índice de Reprodução Basal (R) das cidades era de R0=0,69 e R0=1,09, respectivamente. A taxa acima de 1 aponta a aceleração da contaminação. Ou seja, 100 pessoas contaminadas em Pelotas propagam o vírus para outras 109, enquanto em Rio Grande 100 pessoas disseminam o vírus para outras 69.
FURG divulga alteração no plano de contingência
Progep/FURG ressalta que doses de reforço da vacina são fundamentais
Uso de máscaras volta a se tornar obrigatório na FURG a partir desta segunda-feira, 12
Análise
O estudo abrange geograficamente todo o RS, com o monitoramento de 12 cidades. Bagé, Canoas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento, São Borja e Uruguaiana fazem parte da pesquisa, que desde fevereiro deste ano monitora a situação da pandemia. A média ponderada, com relação à população, do índice nas 12 cidades é de R0=0,95. A razão para o índice estar menor do que 1 é o avanço da vacinação
no RS. Os dados coletados no dia 26 de setembro apontam que 60,1% da população adulta do RS está com o esquema vacinal completo. Porém, com relação à população residente, o percentual cai para 46,9%.
O professor Sebastião Gomes, do Imef, destaca a importância da colaboração dos pesquisadores Paulo Victor Lisbôa e Joice Marques, que atuam nas atualizações do site do Exactum. Ele salienta também o trabalho dos alunos Marina Rocha, Ana Luíza Arcanjo e Lucas Rosa, que auxiliam na obtenção e organização dos dados reais utilizados no simulador Simcovid 2.1.
Simcovid
O simulador para análise e previsão da evolução da pandemia de Covid-19 foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e da FURG. De forma gratuita, os usuários podem realizar simulações específicas de cidades e regiões, a partir de parâmetros inseridos na interface gráfica do software, como número de habitantes, de casos confirmados, de recuperados e de óbitos. Os resultados são apresentados na forma de dados e gráficos. A versão 2.1 do Simcovid pode ser baixada neste link.
A análise completa pode ser acessada no documento disponível abaixo.
*Estagiário de Jornalismo, com supervisão de Fernando Halal