SAÚDE

Palestra sobre HIV e ISTS abordou dados e métodos de prevenção

Evento esclareceu os mitos e verdades sobre o tema

Foto: Júlia Sassi

Muito já se sabe sobre doenças sexualmente transmissíveis, os métodos de prevenção e formas de contágio. No entanto, de acordo com os dados apresentados na palestra sobre HIV e ISTS, ocorrida no prédio das pró-reitorias, na segunda-feira, 20, muitos mitos e verdades ainda cercam o assunto. E na intenção de esclarecer e alertar é que Tomas Nonticuri, assistente social da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), e residentes do Programa Saúde da Família realizaram o evento voltado para toda a comunidade.

“A ideia surgiu da demanda vinda do posto de saúde do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic) e também do fato de sermos a primeira entre as dez cidades com mais de 100 mil habitantes, no país, no número de pessoas infectadas pelo HIV. Assim, em razão deste alto índice, foi feita uma capacitação para os assistentes sociais da Prae, e a partir dela, elaboramos essa palestra, na intenção de fazermos esse alerta para toda a comunidade”, explica Tomaz.

Palestraram no evento, residentes de diversas áreas, como enfermeiros, educadores físicos e psicólogos. Além da palestra ações também foram feitas nos postos de saúde do município, uma vez que a ação acontece em parceria com a Secretaria de Município da Saúde.

Cuidados

De forma didática e interativa, os palestrantes instigaram os presentes com frases sobre as ISTS, formas de contágio, sintomas e tratamentos. As afirmações de senso comum foram confirmadas ou desmentidas pelos residentes, que foram explicando cada uma delas, para o público presente que foi dividido em dois grupos para participar da dinâmica.

Além das explicações, informações e atualizações também foram repassadas, como a mencionada pelo residente José Ricardo Junior sobre a capacitação pela qual passam as manicures do município sobre os procedimentos de cuidado, limpeza e manutenção dos equipamentos de trabalho. “Participar dessa capacitação é uma das exigências para o salão de beleza conseguir o alvará de funcionamento”, diz ele.

Outro fator que foi esclarecido através da fala dos residentes, foi a mudança da sigla de DST para IST, segundo ele, como algumas pessoas infectadas não apresentam sintomas de doença, a forma de se referir ao tema mudou, passando a ser Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Dados

De acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde, divulgado no final de 2018, a cidade de Rio Grande está em primeiro lugar entre as dez cidades do Brasil com mais de 100 mil habitantes, no número de casos de pessoas infectadas pelo HIV.

Conforme dados apresentados na palestra, casos de HIV notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no período de 2007 a 2018, segundo a categoria de exposição em indivíduos maiores de 13 anos, a maioria dos casos de HIV se encontra na faixa de 20 a 34 anos com percentual de 52,6% dos casos entre homens, que estão divididos entre 59,4% por exposição homossexual ou bissexual, 36,9% heterossexuais e 2,6% por uso de drogas injetáveis.

 

 

 

Galería

A foto mostra os quatro residentes do Programa de Saúde da Família palestrando no prédio das Pró-reitorias sobre HIV e ISTS.

Palestra sobre HIV e ISTS

Júlia Sassi